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Rev. Bras. Psicoter. (Online) ; 24(3): 59-72, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1427651

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: O estigma que gays e lésbicas sofrem configura uma questão de saúde pública. Frequentemente, a procura de psicoterapia por esses pacientes é motivada por fatores relacionados a dificuldades de relacionamento com o meio. Dessa forma, a psicoterapia é uma ferramenta valiosa para mitigar os efeitos deletérios do estresse de minorias e dos novos impactos psicossociais advindos da pandemia. MÉTODO: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura indexada em bases de dados utilizando palavras-chaves obtidas a partir de vocabulários controlados e sinônimos. A amostragem foi por conveniência. RESULTADOS: Diferentes modelos de psicoterapias foram adaptados às necessidades das minorias sexuais, como protocolos baseados nas terapias interpessoal, psicodinâmica e cognitivo-comportamental. Os modelos atuais da identidade sexual incorporam conceitos como homonegatividade internalizada e estresse de minorias, com conflitos que podem ser descritos em estágios passíveis de intervenções psicoterápicas específicas. Adicionalmente, a pandemia de COVID-19 pareceu trazer à tona uma série de novos possíveis estressores para indivíduos pertencentes a minorias sexuais, como o isolamento social e o aumento no consumo de álcool. DISCUSSÃO: Diversos modelos de psicoterapia mostram resultados satisfatórios em gays e lésbicas. Os principais fatores relacionados ao êxito terapêutico são a adoção de uma postura não julgadora e em uma aliança terapêutica sólida. CONCLUSÃO: A psicoterapia apresenta-se como um tratamento de notável valor ao atenuar o possível sofrimento psíquico de gays e lésbicas, principalmente diante da intensificação do estresse de minorias durante a pandemia de COVID-19.


INTRODUCTION: The stigma suffered by gays and lesbians is a public health issue. Frequently, the demand of psychotherapy by these patients is motivated by factors related to relationship difficulties with the environment, which makes psychotherapy a valuable instrument to reduce the deleterious effects of minority stress and the new psychosocial impacts resulting from the pandemic. METHOD: A narrative review of literature indexed in databases was conducted using keywords obtained from controlled vocabularies and synonyms. The sampling was by convenience. RESULTS: Different models of psychotherapies have been adapted to the needs of sexual minorities, such as protocols based on interpersonal, psychodynamic and cognitive-behavioral therapies. Current models of sexual identity include concepts such as internalized homonegativity and minority stressors, with conflicts that can be described in stages amenable to specific psychotherapeutic interventions. The pandemic of COVID-19 seemed to bring out a number of new potential stressors for individuals belonging to sexual minorities, for exemple social isolation and increased alcohol consumption. DISCUSSION: Several models of psychotherapy demonstrate satisfactory results in gays and lesbians. The main factors related to therapeutic success are the adoption of a non-judgmental stance and in a solid therapeutic alliance. Minority stress, intensified during the COVID-19 pandemic, contributes to negative mental health outcomes. CONCLUSION: Psychotherapy presents itself as a treatment of notable value in alleviating the psychological suffering of gays and lesbians, especially in the face of intensified minority stress during the COVID-19 pandemic.


INTRODUCCIÓN: El estigma que sufren gays y lesbianas es un problema de salud pública. A menudo, la demanda de psicoterapia por parte de estos pacientes está motivada por factores relacionados con las dificultades de relación con el entorno, lo que convierte a la psicoterapia en un valioso instrumento para reducir los efectos deletéreos del estrés minoritario y los nuevos impactos psicosociales derivados de la pandemia. MÉTODO: Se realizó una revisión narrativa de la literatura indexada en bases de datos utilizando palabras clave obtenidas de vocabularios controlados y sinónimos. El muestreo fue por conveniencia. RESULTADOS: Se han adaptado diferentes modelos de psicoterapias a las necesidades de las minorías sexuales, como protocolos basados en terapias interpersonales, psicodinámicas y cognitivo-conductuales. Así, la psicoterapia afirmativa emerge como un modelo transteórico asociado a mejores resultados en salud mental que auxilia en la expresión de la identidad sexual de los individuos, aunque no se ajuste a la norma social. La pandemia de COVID-19 pareció generar una serie de nuevos factores estresantes para las personas pertenecientes a minorías sexuales. DISCUSIÓN: Varios modelos de psicoterapia demuestran resultados satisfactorios en gays y lesbianas. Los principales factores relacionados con el éxito terapéutico son la adopción de una postura libre de juicios y en una sólida alianza terapéutica. El estrés de las minorías, intensificado durante la pandemia de COVID-19, contribuye a los resultados negativos de salud mental. CONCLUSIÓN: La psicoterapia se presenta como un tratamiento de notable valor para aliviar el sufrimiento psicológico de gays y lesbianas, especialmente ante el estrés de las minorías intensificado durante la pandemia de COVID-19.


Subject(s)
Psychotherapy , Sexual and Gender Minorities , COVID-19
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